sábado, 26 de dezembro de 2009

Feliz Natal e Bom Ano 2010

DIA DE NATAL
DIA DE AMOR E ALEGRIA
UM DIA SEM IGUAL
PASSADO COM EUFORIA

DIA DA FAMILIA
DE ESQUECER A DOR
DIA DE PERDOAR E SENTIR ALEGRIA
E DEIXAR ENTRAR O AMOR

NOVO ANO PRESTES A NASCER
UM CORAÇÃO A BATER
RENOVA A ESPERANÇA
DE REALIZAR O SONHO DE CRIANÇA.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Profecia - Capitulo Um

(continuação)

Sarah ainda estava dentro do carro, mas tinha passado para o lugar do passageiro onde eu estava, ficando mesmo ao meu lado. Não precisava de ver o seu rosto para perceber a sua preocupação, aliás conseguia ouvir a sua respiração ofegante.

- Estás bem? – Perguntou-me com o tom de voz quase inaudível.

Suspirei e deixei cair o meu rosto para o lado.

- Queres ir ao hospital?

- Não é preciso… Estou bem! – Respondi-lhe com a voz fraca devido ao esforço.

- Tens a certeza?

- Tenho. Já estou bem melhor.

Senti os seus olhos reprovadores na minha nuca.

- A sério. Está tudo bem… - disse enquanto me levantava com dificuldade. - Podemos ir. – Entrei no carro assim que ela voltou para o lugar do condutor.

- OK! Está bem – ela concordou sem grande confiança. – Mas, meu menino se piorares… Hospital. Percebido? Não quero amuos nem resmunguice… - e, acrescentou com o seu melhor tom autoritário que conseguia fazer.

Assenti.

Perfeito. Vai ser sem dúvida uma longa viagem. Sarah, a mãe demasiado protectora começava a atacar; fazia lembrar as leoas a cuidar das suas crias, da National Geografic, defendiam-nas de todos os perigos com garras e dentes. Sarah vai ficar de vigia toda a viajem; mas que sorte! Oficialmente todo o meu esforço matinal para não a preocupar devido a um sonho idiota foi claramente um fracasso – um sonho idiota, como podia causar tantos problemas? O melhor é não pensar mais nisso, já tinha dado problemas que chegue.

Como um sonho tão idiota conseguia perturbar-me daquela maneira? Sim, não era o sonho em si que me fazia sentir assim, era sim, aquele gosto na minha saliva, o sangue daquelas pobres criaturas – tão doce… Abanei a cabeça. Precisava urgentemente de uma distracção, puxei os auscultadores e recomecei a ouvir as minhas melodias.

Suspirei e fechei os olhos.

Algum tempo depois já me sentia bem melhor, todo aquele enjoo passara, foi então que inconscientemente voltei aquela gruta; mas desta vez algo diferente chamou a minha atenção. Aquelas duas pessoas procuravam alguma coisa que acabaram por encontrar – que parece ter sido fatal -, Mike (o homem do meu sonho) tinha nas mãos qualquer coisa que ditou a sua morte e a de Laura. Um documento? Não me consigo lembrar exactamente o que era… Perfeito! Muito conveniente, o que supostamente devo lembrar é exactamente o que a minha memória decidiu apagar… Espera! Lembra-te! O que foi que Mike disse?

“…uma profecia sobre o fim do mundo…”

E depois aquela voz…

O que estava escrito naquele documento? Abanei a cabeça. O que quer que lá estivesse escrito, e o que foi dito, não importa; afinal foi apenas um sonho…

Procurei concentrar-me na música; aquela história já me tinha dado dores de cabeça que chegue – conseguia sentir os olhos de Sarah a repousar em mim quase de dois em dois segundos. Um dia de mudança brilhante, não podia ser melhor… Felizmente, acabei por mergulhar por completo na música e adormeci – um sono tão calmo e suave sem sonhos (pelo menos que consiga lembrar-me), não senti nada durante o resto da viagem nem os olhos vigilantes de Sarah – apesar de ter a certeza que continuava a vigiar-me.

(continua...)